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E a história, quem conta?

  • Ana.
  • 1 de jul. de 2015
  • 3 min de leitura

O ano era 1946. Uma explosão atômica experimental no Atol de Bikini (uma ilha oceânica no Pacífico) "homenageou" uma peça de vestuário que viria a ser um ícone da moda praia: o biquini. O criador da peça foi o Engenheiro Automobilístico (oi?) e designer Louis Réard. A ideia de Réard era a de que a mulher que usasse o biquini causaria um efeito bomba (wow!). A peça, claro, era um efeito bomba não somente na mulher que usava, mas também na sociedade da época - um verdadeiro escândalo - embora o modelo criado fosse muito mais comportado em relação aos biquinis de hoje em dia. Quem topou fazer parte desta polêmica foi a dançarina francesa Micheline Bernardini (nascida em 1927). Pudera, o cachê era obeso, de tão gordo! Ela foi fotografada o lado de uma piscina pública em Paris usando o traje:

Michelini Bernardini.jpg

O biquini só foi mesmo popularizado na década de 1960, quando os bebês do pós-guerra atingiram a idade jovem e com ela uma mudança de comportamento que envolvia, entre outras questões, uma nova relação com o corpo. Foi também a época em que o elastano (a lycra em seu estado puro) foi criado pela Du Pont (EUA). Mas, claro, a história nem sempre foi assim.

Antes mesmo da chegada do Cristianismo, na Antiguidade as romanas usavam trajes de banho para mostrar que o corpo não era pecado (prafrentééérrimas...). Na Era Vitoriana (período que compreende os anos de 1837 a 1901 - quando a Rainha Vitória fazia a linha Dilma Rousseff) os trajes de banho eram de lã, e as mulheres usavam chapéus - afinal, ficar com a pele queimada do sol fazia você parecer uma escrava. É, isso mesmo que você está pensando: ABSURDO.

era vitoriana.jpg

Para trocar de roupa as racistas (ooops, mulheres) entravam nas Bathing Machines (máquinas de banho), que eram pequenas casas sob rodas (espécie de carruagem) puxadas até o mar por cavalos.

Na década de 1910 o traje já era muito próximo do nosso conhecido maiô, mas eram fechados e com pernas. Dez anos depois a única mudança é que as roupas ficaram um pouco mais justas e curtas.

Em 1930 os trajes de duas peças começam a surgir, mas ainda muito comportados. A empresa estadunidense Jantzen produziu duas inovações: o Sunaire (modelo que trazia um top preso à parte inferior) e o Shouldaire (com alças totalmente removíveis).

1930.jpg

Em 1950 os maiôs Catalina (lembra que a vovó sempre teve preferência por ele?) faziam a cabeça da mulherada com seu corte extremamente feminino, que valorizava MUITO as curvas das mulheres.

1950 catalina.jpg

Em 1960 o modelo de biquini proposto por Réard (aquele velhinho simpático do início do texto) teve sua ascensão. Claro, esse acontecimento teve um empurrãozinho das estrelas de cinema Jane Mansfield, Ava Gardner, Grace Kelly, Brigitte Bardot e a nossa diva mor Marilyn Monroe.

1960.jpg

O Brasil também entrou na lista das polêmicas (quem nunca?) e criou, a partir de 1970 o modelo de biquini Tanga (criação de David Azulay, da então empresa brasileira Blue Man) - aquele biquini com lacinho lateral. Depois disso, surgiram os modelos Asa Delta em 1980, com o culto ao corpo. Esse modelo era mais alto na lateral, que alongava a cintura, e o "enroladinho", que era um modelo improvisado: as mulheres enrolavam as laterais do biquini para ele ficar mais cavado.

asa delta3.jpg

Tanga - David Azulay.jpg

Daí em diante os modelos variaram bastante, mas sem deixar e valorizar o corpo feminino.

Esta postagem foi criada com base em uma pesquisa livre.

Fiquem ligadxs nas próximas postagens.

Nosso blog está no ar, e nossas atividades, a todo vapor!

Ana.

 
 
 

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